A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (“SRE”) da CVM publicou o Ofício Circular CVM/SRE 3/2025 (“Ofício 3/25”), com orientações para instituições intermediárias sobre o requerimento de registro como Coordenador de Ofertas Públicas de distribuição de valores mobiliários, nos termos da Resolução CVM nº 161/22 (“RCVM 161”). O documento consolida as novas orientações com outras anteriores, incluindo aquelas do Ofício-Circular nº 4/2023-CVM/SRE¹ (“Ofício 4/23”).
Desde janeiro de 2023, o requerimento de registro de coordenadores de ofertas públicas deve ser enviado à SRE por meio do Sistema de Supervisão de Mercados (“SSM”) da ANBIMA. O procedimento de análise é compartilhado entre ANBIMA e CVM: a ANBIMA dispõe de até 50 dias para análise e a CVM, de 10 dias, respeitando o prazo total de 60 dias previsto na RCVM 161. Esse fluxo de análise decorre da celebração do Acordo de Cooperação Técnica (“ACT”) entre a CVM e a ANBIMA, o que também levou a SRE a revisar seu posicionamento anterior ao reconhecer que, com o ACT, as instituições não financeiras passam a poder atuar como coordenadoras em ofertas públicas conduzidas pelo rito automático, conforme previsto na Seção II da RCVM 160 e no artigo 3º, §1º da RCVM 161. Em outras palavras, enquanto o Ofício 4/23 condicionava essa possibilidade à assinatura de um acordo, o novo entendimento confirma que o ACT já firmado garante a supervisão conjunta e o compartilhamento de informações necessários para essa atuação.
Além disso, o Ofício 3/25 traz novas orientações sobre a segregação de funções dos diretores responsáveis, visando evitar conflitos de interesse entre as atividades de estruturação, divulgação e distribuição de ofertas públicas. A SRE reforça que a atividade de distribuição deve se limitar à divulgação de informações aos investidores, sem emitir juízos de valor, e que deve ser garantida a equidade de acesso às informações.
Ademais, não é obrigatória a separação entre as áreas de coordenação e distribuição, podendo o mesmo diretor responder por ambas, desde que não haja conflito de interesses. Contudo, diretores de tesouraria ou mesa proprietária não podem acumular funções com a RCVM 161, devido ao claro risco de conflito.
Por fim, o Ofício 3/25 incluiu um novo tópico sobre a atuação de uma mesma pessoa natural em mais de uma instituição coordenadora de ofertas públicas. De acordo com a SRE, não há impedimento para que os diretores responsáveis pela intermediação de ofertas públicas e pelo cumprimento das regras e controles internos previstos na RCVM 161 exerçam as mesmas funções em empresas do mesmo grupo econômico, como controladoras, controladas, coligadas ou sob controle comum. Entretanto, a SRE ressalta que configura infração ao inciso II do §1º do artigo 4º da RCVM 161 o exercício simultâneo dessas funções em instituições distintas quando houver potencial conflito de interesses entre as atividades desempenhadas.
O documento substitui os Ofícios Circulares publicados anteriormente sobre o tema. Em caso de dúvidas, é possível contatar a Gerência de Registros 3 (“GER-3”) para esclarecimentos por meio do e-mail ger-3@cvm.gov.br.
[1] No Ofício Circular CVM/SRE 3/2025, a SRE fez menção ao Ofício-Circular nº 4/2022-CVM/SRE (sic), no entanto, mencionou que este foi publicado em 24/03/2023. Por essa razão, e considerando o conteúdo do documento, entendemos que houve um erro material na digitação, então a Autarquia se referia ao Ofício Circular CVM/SRE 04/23. Tal constatação do nosso time de conteúdo, no entanto, não foi convalidada pela SRE até a publicação deste Alerta Regulatório.
Este alerta não representa opinião legal, tendo o propósito puramente informativo.
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A ANBIMA divulgou o Guia “Governança de IA: integrando boas práticas ao longo do ciclo de vida da inteligência artificial” (“Guia”), que orienta instituições do mercado financeiro e de capitais sobre como estruturar programas de governança em todas as etapas relacionadas a sistemas de Inteligência Artificial (“IA”). O material complementa o Guia Orientativo de Boas Práticas para o Uso de Sistemas de Inteligência Artificial nos Mercados Financeiro e de Capitais, publicado pela Associação em 2024.
O Guia destaca que a governança deve acompanhar todo o ciclo de vida da IA, do projeto inicial até o uso cotidiano e o descomissionamento, de forma a garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética, segura e responsável. Além disso, o documento enfatiza que é essencial ter uma visão multidisciplinar, envolvendo áreas como tecnologia, análise de dados, jurídico, compliance e negócios, para garantir uma visão integrada dos riscos e oportunidades associados à IA.
O Guia organiza o ciclo de vida desses sistemas em três fases principais: desenvolvimento, utilização e monitoramento, e indica medidas específicas de governança para cada uma delas.
Na fase de desenvolvimento, são orientadas ações como: (a) alinhar os objetivos do sistema aos valores institucionais;(b) registrar informações sobre modelos, algoritmos e dados utilizados e (c) testar a robustez dos sistemas e mapear requisitos legais aplicáveis antes da implantação. Também é indicado que a instituição defina, desde o início, em quais momentos será necessária a intervenção humana no funcionamento do sistema.
Durante a fase de utilização, o foco recai sobre a transparência, segurança operacional e participação humana. Nesse sentido, recomenda-se fornecer materiais explicativos aos usuários, comunicar de forma clara quando há interação com IA, criar canais para reporte de falhas e capacitar as equipes quanto à importância da supervisão humana nas decisões.
Já na fase de monitoramento, o Guia reforça a necessidade de avaliações periódicas sobre a adequação do sistema, uso de ferramentas de controle em tempo real, atualização de conformidade diante de novas exigências regulatórias e coleta de feedbacks dos usuários.
Nesse tópico, recordamos que você pode acompanhar as publicações do Blog do Compliasset para ficar por dentro das novas exigências, vide Artigo Próximos passos na Regulação da IA.
Quanto ao Guia, o documento aborda, ainda, a governança em relações com terceiros, destacando que instituições que desenvolvem ou operam sistemas de IA com o apoio de parceiros ou fornecedores devem adotar medidas específicas para garantir a conformidade desses agentes. As orientações incluem a realização de avaliações de due diligence de terceiros e a inserção, em contratos, de cláusulas que assegurem o cumprimento das diretrizes de governança e o alinhamento com os objetivos da instituição contratante.
Além das orientações práticas mencionadas, o Guia recomenda a adoção de frameworks internacionais, como os Princípios de IA Responsável da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (“OCDE”) e o AI Risk Management Framework do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (“NIST”), que servem como referência para alinhar a governança de IA a padrões globais de ética e responsabilidade.
Por fim, o Guia ressalta que a governança da IA deve ser contínua, acompanhando as evoluções tecnológicas e regulatórias, com revisões periódicas das políticas e controles internos.
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A necessidade de contratação do Agente Fiduciário em ofertas de títulos de securitização via Crowdfunding gerou questionamentos entre os participantes do mercado.
Diante disso, a CVM trouxe novos esclarecimentos por meio do Ofício Circular CVM/SSE 6/2025 (“Ofício”). 📃 No vídeo de hoje, vamos entender quais foram as orientações da Autarquia sobre o tema!
Para saber mais, leia o Artigo no blog.